Em quase 10 anos, o setor de serviços especializados — como demolições, instalações elétricas e obras de acabamento — teve crescimento de 6,2 pontos percentuais, em relação a 2014, chegando a 24% na participação na indústria da construção. O número foi revelado na PAIC (Pesquisa Anual da Indústria da Construção) de 2023, divulgada nesta quinta-feira (22), pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Já a construção de edifícios, embora tenha mantido participação relevante no valor total das obras ao longo dos últimos dez anos, apresentou queda, passando de 43,9% em 2014 para 39,8% em 2022.
“Isso pode ser reflexo de uma crescente demanda por expertise técnica e serviços de alta especialização na execução de projetos de construção. Apesar do crescimento, esse segmento [serviços especializados] manteve-se como o terceiro da indústria”, afirma a pesquisa.
Valores
Em termos nominais, os setores avaliados em 2023 somaram os seguintes valores:
Construção de edifícios: R$ 192,5 bilhões
Obras de infraestrutura: R$ 175,7 bilhões
Serviços especializados para construção: R$ 116 bilhões
Empregos
As empresas da indústria da construção empregavam 2,5 milhões de pessoas ocupadas até o fim de 2023, divididos da seguinte forma:
37,6% trabalhando na Construção de edifícios;
32,8%, em Serviços especializados para construção; e
29,6%, em Obras de infraestrutura
“Nos últimos 10 anos, houve uma mudança significativa na distribuição de empregos entre esses setores: o segmento de Obras de infraestrutura perdeu espaço, passando do segundo para o terceiro lugar, enquanto Serviços especializados para construção cresceram, aproximando-se do segmento de Construção de edifícios”, afirmou.